Convidado para integrar o estúdio Noire Ink, Victor trabalhou ao lado de mestres como Matteo Pasqualin e Natasha Animal e fortaleceu seu nome no circuito europeu de tatuagem
A trajetória internacional de Victor Armero, tatuador autodidata nascido em São Paulo, ganhou um novo rumo a partir de uma conexão decisiva. Em 2019, durante um seminário na Espanha, Armero conheceu o francês Thomas Carli Jarlier, um dos maiores nomes do estilo preto e cinza e fundador do estúdio Noire Ink. Dois anos depois, foi convidado a integrar a equipe da unidade londrina da marca. “Conheci Thomas Carli Jarlier na Espanha em 2019, quando fui fazer um seminário. Em 2021 ele me convidou para fazer parte da equipe da Noire Ink Londres”, relembra o artista.
Com atuação anterior na Itália, Liverpool e Londres, Armero já havia acumulado experiência no mercado europeu, mas foi na Noire Ink que passou a conviver diretamente com alguns dos maiores nomes da tatuagem mundial. “O tempo que fiquei na Noire Ink foi fundamental para minha evolução e crescimento, tendo um mestre como Thomas e trabalhando com os melhores tatuadores do mundo, como Matteo Pasqualin, Natasha Animal, Stevo Tattoo e Kindamo”, afirma.
A vivência no estúdio, conhecido por sua curadoria rigorosa e padrão técnico elevado, consolidou o nome de Armero no circuito europeu e ampliou suas oportunidades em países como França, Irlanda, Dinamarca e Holanda, onde participou de convenções especializadas. “Participei das maiores convenções em Londres nos últimos anos e convenções em diversos países”, diz.
O encerramento da unidade londrina da Noire Ink, em 2024, não representou o fim dessa conexão. Armero manteve o vínculo com Thomas Carli Jarlier e passou a visitar o estúdio francês da marca, reafirmando a importância de redes de colaboração contínuas para o amadurecimento profissional de artistas fora de seus países de origem. “Após o fechamento da Noire Ink Londres no ano passado, passei a visitar o estúdio da França e manter o contato com Thomas”, explica.
Para Armero, a relação com o mestre francês foi mais do que uma parceria profissional foi uma transformação de trajetória. Iniciado no Brasil com uma máquina feita por ele mesmo, o artista hoje integra o seleto grupo de brasileiros reconhecidos pela elite da tatuagem europeia. “Aprendi tudo sozinho. Inclusive minha primeira máquina de tatuar foi feita por mim”, relembra, destacando que o encontro com Thomas foi determinante para sua transição de autodidata para referência no cenário internacional.